sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Respirar, inspirar, expirar

Os sinos dobram. Ouço cada badalar como se fosse um canto de alguém muito choroso. Hoje é sexta-feira 13 e tudo ao meu redor queima de luz e satisfação, enquanto rolo no chão de uma tristeza tensa. Purgada na dor que vem quando o meu olhar encontra o vazio. Não é de se lamentar. Cada vez que isso acontece eu sei que nasço outra. São talvez, dores do parto de mim mesma. Da vontade de crescer rápido e ser gente grande para entender o ininteligível. Preciso me permitir algumas coisas bem básicas mas ainda não me concedo essa permissão. No momento, creio que preciso apenas ser e isso é o suficiente. Respirar, inspirar, expirar. "Gostar de estar vivo dói", avisou Clarice. Talvez esteja aí o meu dilema. Respirar, inspirar, expirar. "A mente quieta, a espinha ereta"... mas o coração, esse está intranquilo... Hoje não há um lindo estribilho.

4 comentários:

Letícia disse...

Olá. Eu vim te ler também. Gostei desse texto que cita Clarice e refaz o que ela diz. E "dores do parto de mim mesma". Muito forte e bonito.

Eduardo Matzembacher Frizzo disse...

Já assistiu O Cheiro do Ralo? Dê uma olhada na minha crítica.

Biba disse...

Oi Letícia, gracias pela visita. Que bom que gostou do texto.Amo muito Clarice.
Beijos
Carpe Diem!!!

Biba disse...

Oi Eduardo, li seu comentário e deixei lá algumas palavras pra você.
Obrigada por me visitar.
Bju
Carpe Diem!!!