Os sinos dobram. Ouço cada badalar como se fosse um canto de alguém muito choroso. Hoje é sexta-feira 13 e tudo ao meu redor queima de luz e satisfação, enquanto rolo no chão de uma tristeza tensa. Purgada na dor que vem quando o meu olhar encontra o vazio. Não é de se lamentar. Cada vez que isso acontece eu sei que nasço outra. São talvez, dores do parto de mim mesma. Da vontade de crescer rápido e ser gente grande para entender o ininteligível. Preciso me permitir algumas coisas bem básicas mas ainda não me concedo essa permissão. No momento, creio que preciso apenas ser e isso é o suficiente. Respirar, inspirar, expirar. "Gostar de estar vivo dói", avisou Clarice. Talvez esteja aí o meu dilema. Respirar, inspirar, expirar. "A mente quieta, a espinha ereta"... mas o coração, esse está intranquilo... Hoje não há um lindo estribilho.
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4 comentários:
Olá. Eu vim te ler também. Gostei desse texto que cita Clarice e refaz o que ela diz. E "dores do parto de mim mesma". Muito forte e bonito.
Já assistiu O Cheiro do Ralo? Dê uma olhada na minha crítica.
Oi Letícia, gracias pela visita. Que bom que gostou do texto.Amo muito Clarice.
Beijos
Carpe Diem!!!
Oi Eduardo, li seu comentário e deixei lá algumas palavras pra você.
Obrigada por me visitar.
Bju
Carpe Diem!!!
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