sábado, 28 de agosto de 2010

Escolha

Decidimos juntos que o sábado vai ser para fazer nada. Assim, ocultar-se dos problemas banais e vivenciar um pouco mais de alívio e alegria, esse é o desafio. O sábado foi eleito porque no domingo já estamos entrando novamente no ritmo. Pensamos na segunda e sabemos: há algo a fazer a respeito disso ou daquilo. No sábado é possível vislumbrar um domingo de sol, um almoço mais gostoso, uma felicidade fugidia. Sábado é assim um dia interessante de se ouvir. Ele fala mil línguas e as vozes desembocam solenes em nossos ouvidos: um filme chinês, coreano, japonês, iraniano., espanhol... Sim, porque sábado também foi escolhido para se assistir um belo filme, desses que nos marcam, incitam, mexem com os sentidos. Como dizia o poetinha Vinícius: "porque hoje é sábado"...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Livros me circundam. Palavras para se transcender o óbvio. Me envolvo. Aceito. Luto. Discordo. Tudo se dá de um modo novo, prisma de mil cores. Filmes me conquistam. Os argentinos, em especial os de Campanella. Riso, tragédia e toda sorte de alegrias fluidas. "O Filho da Noiva" vale uma taça de vinho tinto para brindar depois. Tudo o que me cerca acende uma luz em mim. Dessas que ofuscam e se bastam. Não aquelas que piscam. Tudo é comovente, até meu silêncio dolorido.

domingo, 22 de agosto de 2010

O retorno

Voltei de caminhos insabidos. Das redondezas de estranhos lugares. Do coração das coisas. Vividas ou não. Voltei e prometo ficar. Ficar para falar da alma resplandescendo e do amor renascido a cada dia. Não pretendo muitas coisas além de escrever o que sinto. Ver a lógica de tudo desmoronar também fez parte desse afastamento voluntário, mas que pareceu exílio. Volto de profundezas, dentro e fora de mim. Sabe o poço do Caio Fernando Abreu? É mais ou menos isso. Mas se morrer não dói, viver às vezes machuca. Nada que o tempo não possa reverter. Nada que não possamos "des-imaginar".
Carpe Diem!!