terça-feira, 30 de outubro de 2007

As Horas

Hora cheia, hora quebrada, hora vazia

Hora aberta encoberta descabelada

Hora silenciosa de brumas e sovéus

Hora do ócio para fazer o que não

Se pretende realmente fazer fazendo

Hora cheia, hora quebrada, hora vazia

Hora vã epifânica insensata marcada

Hora de alegria plena de inquietudes

Hora dispersa reversa inversa povoada

Hora do improviso do impositivo do adeus

Hora gitana perversa acabrunhada infeliz

Hora da brincadeira e da verdade inteira

Hora do sacrifício da luta da rebeldia

Hora cheia, hora quebrada, hora vazia

Hora prenhe estéril anônima alquebrada

Sonâmbula hora macabra nosferática

Hora emblemática solene intempestiva

Hora que grunhe no chamado das horas

Que ficam batendo no relógio da igreja

8 comentários:

Caco disse...

Hora do medo, hora da prece, hora da vertigem.
"As horas" todas, enfim.
bjs

Biba disse...

Sim, são tantas as horas que o poema fica em aberto. Beijo. Carpe Diem!

marcos fernando kirst disse...

Bem bom. O ritmo, a cadência e a sonoridade me lembraram "Os Sinos", de Allan Poe.
O poema nos remete ao eterno, ao momentum contínuo da existência.
Muito bom, Biba.

Biba disse...

Markirst, obrigada pela leitura e análise do poema. Que bom que você gostou. Beijo. Carpe Diem!

Biba disse...

Markirst, obrigada pela leitura e análise do poema. Que bom que você gostou. Beijo. Carpe Diem!

Anônimo disse...

Horas eternas num gozo sem tempo...

Boa hora, hora boa. um beijo. Gomes

Biba disse...

Obrigada pela visita, fiquei muito contente. beijo. Carpe Diem!

Anônimo disse...

Hallo biba see bettinaandallthatjazz.blogspot.com