Hora cheia, hora quebrada, hora vazia
Hora aberta encoberta descabelada
Hora silenciosa de brumas e sovéus
Hora do ócio para fazer o que não
Se pretende realmente fazer fazendo
Hora cheia, hora quebrada, hora vazia
Hora vã epifânica insensata marcada
Hora de alegria plena de inquietudes
Hora dispersa reversa inversa povoada
Hora do improviso do impositivo do adeus
Hora gitana perversa acabrunhada infeliz
Hora da brincadeira e da verdade inteira
Hora do sacrifício da luta da rebeldia
Hora cheia, hora quebrada, hora vazia
Hora prenhe estéril anônima alquebrada
Sonâmbula hora macabra nosferática
Hora emblemática solene intempestiva
Hora que grunhe no chamado das horas
Que ficam batendo no relógio da igreja
8 comentários:
Hora do medo, hora da prece, hora da vertigem.
"As horas" todas, enfim.
bjs
Sim, são tantas as horas que o poema fica em aberto. Beijo. Carpe Diem!
Bem bom. O ritmo, a cadência e a sonoridade me lembraram "Os Sinos", de Allan Poe.
O poema nos remete ao eterno, ao momentum contínuo da existência.
Muito bom, Biba.
Markirst, obrigada pela leitura e análise do poema. Que bom que você gostou. Beijo. Carpe Diem!
Markirst, obrigada pela leitura e análise do poema. Que bom que você gostou. Beijo. Carpe Diem!
Horas eternas num gozo sem tempo...
Boa hora, hora boa. um beijo. Gomes
Obrigada pela visita, fiquei muito contente. beijo. Carpe Diem!
Hallo biba see bettinaandallthatjazz.blogspot.com
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