domingo, 7 de dezembro de 2008

Insensatez

Para ler ao som de Alanis Morissette


Edgar Morin. William Blake. Umberto Eco. Lúcia Santaella. Virginia Woolf. James Joyce... Meu mundo palpita entre nomes de renome. Finjo agora que olho o mar com um livro de um deles nas mãos: complexidade, poesia, semiótica, prosa moderna, pós... As ondas vão e vêm e eu apenas mergulho no mundo de letras e areia que se forma ao meu redor. Saudades do mar. Nada como pensar nele aliado aos livros, sempre fiz essa ligação. Panetone. Natal. Fim de Ano. Praia novamente. Porque a virada na praia tem um sabor diferente de tudo. Mesmo em Paris eu não senti o que sinto na praia no dia 31. É magia e crença em algo maior. Em Paris tinha tanta gente nas ruas que era improvável algum sentimento de agregação. Isso mesmo! A massa fica informe e ao mesmo tempo uniforme. Ninguém é ninguém. Na praia para onde eu já fui várias vezes há espaço embora as pessoas se aglutinem. Não sei explicar. Nem preciso. É como navegar...
Caio F.. Clarice Lispector. Susan Sontag. Flaubert. Saramago. Schopenhauer. J.P.Sartre. Simone De Beauvoir... Meu mundo se precipita nas Letras, Filosofia e na Insensatez... Não sei bem onde tudo isso vai dar, se pára em algum lugar dentro de mim. Mas sei que ser insensato muitas vezes é só o que resta...

6 comentários:

Anônimo disse...

em casa não há mundo
só simulação
um azar lido em livros
isentas emoções

letras e areia
às vezes é preciso viver também

Biba disse...

Putz! Viver é a melhor parte...
Beijos,
Carpe Diem!!

Beto Canales disse...

Gosto dos teus textos. E sobre esse, só tiraria Sartre...

Acompanho teu blog, gosto muito, mas a maioria das vezes não comento. Sou tímido.

Beijos

Biba disse...

Oi Beto! Que bom que você apareceu, já fazia um tempo, né? Por favor, não seja tímido, este é um espaço bem libertário. Pode comentar o que quiser. Não gosta do existencialismo ou de Sartre?

Beijos,
carpe diem!!!

Marcelo A. de Moura disse...

A insensatez nos tira do óbvio, do rotineiro do "eu farei isso porque sei onde vai dar". Ler Sartre, por exemplo, nos devolve a culpa que insistimos em tirar dos ombros todos os dias, somos nós que comandamos... Ler Saramago nos coloca de frente para imensos parágrafos sem pontos, onde mais se vê tal coisa? Sejamos um pouco insensatos sim, experimentemos uma parte escondida de nós, vez ou outra.

Biba disse...

experimentar uma parte escondida de nós é o que me diz que ainda é possível continuar. é preciso lidar com a incerteza, precisamos dela também. Adorei seu comment.
Bju
carpe diem!!