terça-feira, 21 de abril de 2009


Alguma coisa a gente espera. Um dia raioso de sol. Um abraço amigo. Um beijo na boca. Uma conversa trivial. Uma olho no olho. E assim a gente vai seguindo. E, como se fosse sempre feriado, tomo um bom vinho sozinha mesmo, acendendo velas, espiando as coisas esquecidas. Tenho um vago olhar para o futuro, mas tudo que é ontem me interessa, como se eu fosse carangueijo, andando para trás. Mas sou bem geminiana e desconverso quando o assunto é saudade. Digo que quero viver o agora e, pluft, ele já se foi. Por isso tenho que andar às avessas, permeando o ontem e tateando o futuro. Mas esse é tão imponente... Eu poderia simplesmente agora, olhar nos olhos dele, meio verdes meio azuis e dizer das coisas que sinto. Mas hoje, nesse feriado, não há esse entremeio. Uma televisão nos separa. Mas ele abriu o vinho para mim. Será que não é o suficiente?

14 comentários:

gloria disse...

eu sou geminiana e sei das nossas providenciais linhas de fuga, dos nossos tangenciamentos, dessa máscara que se chama a intensidade do agora. E nos retira, aqui e ali, da realidade face a face. Se ele abriu um vinho é para que você beba! Saúde! bjs

gloria disse...
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Biba disse...

Saúde, Glorinha! Um vinho sempre é providencial para a intensidade do agora já.

Beijos,
Carpe Diem!!

Antonio Iraildo (Ira) disse...

que bonito, doído, humano, sensível. que bom vir aqui!
bjim

Letícia disse...

Sim. Já é o suficiente, Biba. Abrir uma garrafa de vinho já é um convite. E adorei a foto. Sem anéis, me sinto nua.

Bjos.

Improviso disse...
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Improviso disse...

eu diria: mas se se espera algo, é algo que não aconteceu, é algo ou alguém que irá acontecer. então não é o presente nem o futuro. é o entre-abrir dos olhos, é o lusco-fusco, é o constante entre-lugar.

ela (me) diria: o tempo não existe se o suficiente é o que se sente, o que está lá no mais profundo, no inalcançável e ao mesmo tempo estampado na retina do olho...

Anônimo disse...

Biba,
Entre sol e estrelas, o céu é essencial. Entre passado e futuro, o agora é suficiente.
Um brinde à vida!

Abraços!

Jânio Dias disse...

Que bonito... e tão sutil...

Quem disse que materializar é preciso? Quem disse que saudade dói?

Às vezes acho que sim; outras vezes, quero apenas a beleza do que aconteceu espelhado no balançar da minha bebida ou canção preferida.

Biba disse...

Ira, que bom tê-lo aqui, sempre me lendo e examinando minhas horas...

Bjim
Carpe Diem!!!

Biba disse...

Letícia, querida do coração, que posso dizer, também acho que é o suficiente. Bebamos.

(Muitos anéis para nós)

Beijos,
Carpe Diem!!!

Biba disse...

Camila, que belo o seu comentário, nossa, Amei!

Beijos
Carpe Diem!!!

Biba disse...

Abraços Liene e um brinde à vida, sim!

Beijo,
Carpe Diem!!!

Biba disse...

É Jânio, quem disse que materializar é preciso. Saudade às vezes dói quando é daquelas sofridas, senão ela se debruça diante de nós e nos contempla, serena.

Beijo,
Carpe Diem!!