Dia desses enovelo esse cansaço que me ronda impaciente. Faço novelo e jogo para os gatos brincarem. Meu cansaço é tão imprestável como qualquer cansaço, por isso me irrito dele. Ando assim, escalando montanhas de preguiça à força, com força, sem nenhuma força mais... Tudo fica pálido e distante, como quando enjoamos no navio.
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6 comentários:
Muito bom, enovela e joga os novelos para os gatos brincarem... Fantástico! Transformou o abstrato em material e o colocou na narrativa de forma tão simples...
O cansaço não é feito de novelos. Ao contrário, ele é desfiado pelas mãos felinas do tempo. Mãos que, ao revés do cotidiano, perfazem o tempo das coisas e do mundo distantes de qualquer continuidade, dando margem ao eterno porvir do nosso corpo prenhe de futuros. Por isso, ainda que o desânimo recaia no abismo tecnicista de uma sociedade do desejo, o saber-sonho pode ir além do saber-poder e assim construir hominiscências desse futuro que repousa em cada poro do nosso corpo. Um beijo, Eduardo Matzembacher Frizzo (do blog http://insufilme.blogspot.com/).
Me pareceu um poema, Biba. E fala de mim também. Sempre me repito dizendo que me vejo em suas palavras.
Espero que o nosso cansaço canse de existir.
Beijo.
Marcelo, obrigada! Fico feliz quando gostam do que escrevo.
Beijo,
Carpe Diem!!
Eduardo, podemos enovelar e desenovelar tudo, assim me parece. Visitei o Insufilme ontem. Deixei recado.
Beijos,
Carpe Diem!!
Gostei, Letícia, esperamos que o nosso cansaço deixe de existir!! Em novelos, desfiados ou não.
Beijo grande
Carpe Diem!!
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