sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Clarice Lispector

"Nós agentes disfarçados e distribuídos pelas funções menos reveladoras, nós às vezes nos reconhecemos. A um certo modo de olhar, a um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos amor. E então é necessário o disfarce: embora não se fale, também não se mente, embora não se diga a verdade, também não é mais necessário dissimular. Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões."

2 comentários:

Anônimo disse...

o amor não pode ser, de forma alguma, uma inverdade. amor disfarçado ainda é amor, embora não na sua melhor e mais viva forma. pena...

Biba disse...

O importante é que agentes disfarçados ou não, nós nos encontremos no amor como quer Clarice