Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
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6 comentários:
Tem versos que a gente lê, e lê várias vezes, ai pensa: Quem dera eu mesma o tivesse escrito!
Assim aconteceu comigo agora, ao ler o seu "Clarice Lispector", que, desde o título, caiu em mim como uma luva.
Parabéns!
Mas essa urgência esbarra no espaço-tempo que não permite que dois corpos ocupem o mesmo espaço ao mesmo tempo. Por isso que, desde os meus dezoito anos, considero que o amor é anti-natural. Ele com nada se contenta. Ele com nada se compadece. Ele não pertence ao mundo, mas sim aos humanos. Ele sempre quer e quer e quer numa incessante roda d'água que um dia secará o olho do qual a própria água provém. O que fazer? Talvez ser à Epicuro, talvez à Sêneca, talvez à Heráclito, porque a existência, antes de existir, é pleno silêncio, e a esse silêncio, latente na boca muda de saudades, é que voltaremos indelevelmente, quer do amor perdido ou da vida. A lembrança é mais viva na saudade. E da saudade é que provém o Paraíso eternamente perdido no qual a paz, seja ilusão ou não, era nossa única obrigação. Um beijo, Eduardo Matzembacher Frizzo (do blog http://insufilme.blogspot.com/).
Joana, sempre que leio Clarice tenho essa sensação que você descreve.
Beijo,
Carpe Diem!!
Muito lindo seu comentário Eduardo, gostei.
Beijos
Carpe Diem!!
"Polissemia"
Algumas parcerias possíveis, que podem dar o tom/dom ao amor que desejamos construir e sentir:
Amor + avidez = qual a saudade?
Saudade e... sinto tua ausência.
Amor + gratidão = saudade qual?
Saudade e... sinto tua presença.
bjo Biba...
Gosto tando de vir aqui...
;)
lila
Lilian, obrigada por visitar o Carpe Diem e pelas belas palavras sobre saudade.
Beijo,
Carpe Diem!!
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