segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A leitora de Calvino

Lia, displicente, Ítalo Calvino

enquanto o dia se modificava

Do sol abrasador veio a chuva

E com ela uma certa melancolia

Lia, com calma, Ítalo Calvino

Se um viajante numa noite de

inverno era insano e perspicaz

Na sua busca por arrebatamento

ficava sempre devendo um tom

A melodia nunca se completava

Mesmo assim, lia solenemente

Ítalo Calvino e pensava que a

vida é mesmo um mistério a

ser desvendado pouco a pouco

A chuva intensificou seu interesse

pela leitura e a fez desdobrar-se

em uma mulher-livro, impiedosa

4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo isso, Biba! E me fez lembrar de uma música dos Faces (Rod Stewart + Ronnie Wood, tipo 1970), que sempre me toca profundamente:

A letra diz mais ou menos o seguinte:


Quando a chuva veio/eu pensei que vc ia embora/porque adorava o sol/
mas vc escolheu ficar e me aquecer.


E a neve caiu sem parar/a mais fria em quase 40 anos/e eu não pude acreditar/q vc manteve seu sorriso/agora posso descansar/
sabendo que vimos o pior/e eu sei que te amo.

Uma ótima semana pra vc!!!

Biba disse...

Nossa, Jack, que letra belíssima. Fiquei arrepiada. Adoro os seus comentários, eles realmente valorizam o que eu faço.

Beijo grande e saudade!

Carpe Diem!

Anônimo disse...

biba, bom dia!
amei sua visita e recadinho de saudade e apreço!
precisamos combinar aquela visitinha, né. me manda um e-mail sobre essa possibilidade.
seus poemas estão lindos!!!
bjo

Biba disse...

Ira,

sim, precisamos fazer aquela visitinha, com chá e tudo o que se tem direito, bem à inglesa. Pode ser?
Grande abraço! E obrigada por ler meus poemas e gostar deles. Carpe Diem!