Era a hora certa, a de quedar-se
Redimir-se e implorar piedade
Nessa vida tão desgastada
Não havia luzes suficientes para
Iluminar seus ardores febris
Pois se é feita de luz toda a febre
Que suplica ao corpo que se deixe
Levar para sempre todo o sempre
Era a hora do espasmo e da oração
Que ele ficou soçobrando na casa
Sem forças para dizer um verso
Uma horda de palavras se fechou
E ele de tão sincero ficou mudo
Ficou do avesso e ninguém viu
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