O que eu posso fazer que eu não faço porque me corre uma lágrima que não devia estar ali? O que posso de mim senão ansiedade e loucura num gesto sempre breve e pouco? Que será de mim depois de tantos livros e o terror do engessado gritando sua dor? Escrever me mantém viva e pronta para o inevitável. O que eu posso fazer se sair de mim é só o que me leva de volta ao eu-mesma? Que lição é essa que não estou aprendendo, afinal? Existem mesmo lições a serem aprendidas? Ou é tudo ilusão? Não falo de narciso, com o eu-mesma. É só um jeito de estar para dentro, sem olhar o umbigo. Olho o outro, sim. Sei que isso tem feito a diferença. Sei que isso tem me salvo da inércia e do estupor. Sem ele, o outro, viveria no vazio de minha própria insensatez. Vem aqui e me diz qualquer coisa assim. Vem aqui e me pega de jeito com uma palavra suave-tocante-leve ou forte-tocante-feroz. Mas vem. Não ignore minha dor que não é maior nem menor que a sua. Não me leve à toa.
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22 comentários:
Poxa!
Descubri muito recentemente o poder de escrever, e desse espero sempre dispor. Faz bem, faz muito bem.
Decidi reabrir meu blog pessoal o endereço é esse: http://pratodealface.blogspot.com
Grande beijo Biba!
ah e vale a pena comentar, que minha palavras não chegam a um décimo das suas!
Belas palavras prof.
Até pude sentir o que dissestes.
Beijo!
O Beto costuma fazer "plac plac plac" e eu acho divertido. Seria assim que eu receberia esse texto se eu fosse o Beto, mas como não sou, eu digo que esse texto falou por mim em cada letrinha.
Lindo, Biba.
Poxa mesmo, Beto!!
Oi Mauro, grande beijo. Vou visitar seu blog.
Beijo
Carpe Diem!!
Mauro, escreva e escreva e escreva. Daí sai cada vez melhor.
Carpe Diem!!!
Daia, grande beijo minha pequena.
Carpe Diem!!
Letícia, querida, como é bom falarmos com o mesmo código.
Beijo e saudade
Carpe Diem!!
É isso aí Biba, tu conseguiu descrever uma parte de mim nesse texto, foi tu que escreveu, mas sou eu (e tantos outros) nessas linhas. Ótimo texto!
Obrigada, Marcello. Um grande grande beijo pra você. Saudade!
Carpe Diem!!
Nossa profe!!!!
São profundas as suas reflexões sobre a vida, mas uma coisa é certa.
As vezes ela parece não ter sentido, mas ela tem!!! O sentido da vida, ou melhor vever se torna um fardo mais leve quando conhecemos a nossa espiritualidade!
E a nossa espiritualidade é um pouco de Deus em nós. E Deus em nós é a fé tão necessária para crer que vale a pena viver cada momento com intensidade. É perceber que cada batida do nosso coração é um aviso...está viva..está viva...está viva, por isso entregue-se a vida!!! Seja feliz, poi você merece. A sua busca por um sentido acabará quando encontrares a razão de existir!!!
Você me inspira heheheh!!!
Beijão!!!!
esse outro que nos conduz para um fora, lugar de alteridade, nos possibilita ver sem que tudo exploda, sem que sentimentos fiquem confinados e nos ceguem de tanto ver. bjs
"engessado gritando sua dor". Fantástico!
Abraços!
passando, apreciando, gostando. feliz sábado. bjim
bibaaa, querida, sonhei contigo e parecia um sonho tão reall! cheguei a acordar com a sensação do sonho. que maluco, isso.
com saudadesss muitasss,
te adoro
Marcélia, que bom você por aqui novamente. Gostei de suas palavras, prestei atenção, viu?
Beijo grande,
Carpe Diem!!!
Oi Glorinha, essa questão da alteridade é tão fundamental para mim, nem imagina.
Beijos
Carpe Diem!!
Oi Alan, querido, quanto tempo!! Adorei saber que você segue meu blog. Legal!!
Beijo
Carpe Diem!!
Bjim, Ira. Passeie e aproveite o meu cantinho que agora é de tantos. Isso me faz muito feliz.
Carpe Diem, amigo
Adri, minha linda. Sonhoou comigo, então? Espero que tenha sido um daqueles sonhos muuuuuuuuuuito bons. Que nos deixam para cima. Eu queria sonhar com você também...
Te adoro!!
Carpe Diem!
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