quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Talvez

Como quem descobre um mistério
mas não descobre o porquê
o descobre apenas como
sem o menor desvelamento

Talvez
como quem se antecipa
e perde o momento exato
o momento pleno de tudo
e arranca antes o sabor das coisas

Talvez
havendo um centro
uma importância
uma inadvertência
um consolo prévio

Talvez
enquanto algo se define
à beira do insuspeitado
com um sorriso mocho
tolo de ser tão o que já não pode ser

Mas talvez!
No lápis de cor das cores
no desenho rabiscado ao acaso
na latência das rimas
sonhos travestidos de luz, inacessíveis

Talvez,
mas pode ser que não,
talvez.

7 comentários:

Anônimo disse...

oi Biba! amei o "Talvez", essa coisa da incerteza, da fronteira entre o q é e não é. e mais que isso, do mistério que nos move e nos faz "ser". bjo

Biba disse...

Ira, tudo é mesmo tão incerto, não é? Escute, preciso do endereço do teu blog para por na minha página. Envie, please. Bjo.

Anônimo disse...

Oi, Biba, passei aqui!
Muito legal o teu cantinho e os links mais ainda.

Abraçãoooo

Anônimo disse...

o anônimo sou eu, rsss

Biba disse...

Paulo, também passei pelo seu blog. Adorei o anônimo! Beijos!

Anônimo disse...

Oi Biba,
Tava passando por aqui e gostei muito desse poema....lindo mesmo...
Como vai?
O meu blog, tem visitado?
http://felizanovelho.blogspot.com
ABRAÇO

Biba disse...

Oi Bruna. Às vezes visito seu blog sim. Que bom que gostou do meu poema. Estou com saudades!!