Como quem descobre um mistério
mas não descobre o porquê
o descobre apenas como
sem o menor desvelamento
Talvez
como quem se antecipa
e perde o momento exato
o momento pleno de tudo
e arranca antes o sabor das coisas
Talvez
havendo um centro
uma importância
uma inadvertência
um consolo prévio
Talvez
enquanto algo se define
à beira do insuspeitado
com um sorriso mocho
tolo de ser tão o que já não pode ser
Mas talvez!
No lápis de cor das cores
no desenho rabiscado ao acaso
na latência das rimas
sonhos travestidos de luz, inacessíveis
Talvez,
mas pode ser que não,
talvez.
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7 comentários:
oi Biba! amei o "Talvez", essa coisa da incerteza, da fronteira entre o q é e não é. e mais que isso, do mistério que nos move e nos faz "ser". bjo
Ira, tudo é mesmo tão incerto, não é? Escute, preciso do endereço do teu blog para por na minha página. Envie, please. Bjo.
Oi, Biba, passei aqui!
Muito legal o teu cantinho e os links mais ainda.
Abraçãoooo
o anônimo sou eu, rsss
Paulo, também passei pelo seu blog. Adorei o anônimo! Beijos!
Oi Biba,
Tava passando por aqui e gostei muito desse poema....lindo mesmo...
Como vai?
O meu blog, tem visitado?
http://felizanovelho.blogspot.com
ABRAÇO
Oi Bruna. Às vezes visito seu blog sim. Que bom que gostou do meu poema. Estou com saudades!!
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