segunda-feira, 15 de junho de 2009

Voltar é sempre aprender, como ir é sempre descobrir. Algo fica, algo vai, algo se renova. Pontes. É nelas que penso ao querer esse aprendizado. Elas unem duas metades, duas partes, dois interesses. As pontes nos renovam. (Veja As Pontes de Madison, por exemplo). Falo das pontes como metáfora, vocês já entenderam. Por isso, algumas delas, em tempos difíceis, podem ruir. Voltei com essa sensação, de que uma ponte ruiu no meu caminho e eu nem tive tempo de escapar dos escombros. Dói. Despencada e frouxa, desfeita. Dói. Mas, se voltar é aprendizado, tenho que tirar alguma coisa disso. Preciso ainda me refazer dos ferimentos. Como é bom estar de volta...

14 comentários:

Letícia disse...

Biba,

Alguém pode ler e dizer que você afirmou que sofrer faz bem. Eu digo outra coisa. Essas pontes quando chegam a ruir e acabam em destroços, nos fortalecem. Precisamos dessas pontes, de afeto, de amor. Mas só através da perda e do sofrimento, podemos fazer a diferença. Você é incrivelmente sábia.

E já vi As Pontes de Madison. Tenho esse filme e adoro a sensação de ter escolhas.

Beijos, minha escritora querida. =)

Antonio Iraildo (Ira) disse...

voltar é saber que temos um cantinho nosso. são as pontes que nos trazem de volta. "como é bom estar de volta..." bjim

adri antunes disse...

é preciso não desistir nunca. ontem assisti um ato de liberdade e fiquei pensando "até onde o desejo de simplesmente querer sobreviver pode nos levar?".
se tiver de ir, vá, mas volte sempre pra nós.
um bjuuu cheio de carinhoo!

Improviso disse...

sabe, Biba, eu queria ir, ir, ir. porque voltar e encontrar a ponte partida me dói mais que cortar as pernas.

Adr.P.K disse...

uma vez vi um ditado oriental que dizia algo assim 'a vida é uma ponte, nela não constrói a tua casa. atravessa.' cada vez que lembro penso algo diferente ou talvez sempre o mesmo, algo meio 'perdido' pq penso na casa talvez..

gloria disse...

Algumas vezes me pergunto por qual razão alguns sentimentos nos produzem uma sensação de apartamento, de ilha, de não pertencimento? Esse auto-exílio talvez seja apenas um momento de lucidez da nossa irremediável condição de solidão, de singularidade. As pontes acenam possibilidades, lugares de passagem. teu texto fala da densidade da Biba, dos movimentos de vida de uma criatura tão complexa e poética. bjs

Caco disse...

Bem-vinda de volta! :-)

Biba disse...

Letícia, não, sofrer não faz bem. Espero que não entendam assim. É também uma ponte...

Beijos e afeto,
Carpe Diem!

Biba disse...

Oi Ira, que saudades, menino.

Bjim procê.
Carpe Diem!!

Biba disse...

Adri, muito carinho pra você.

Beijos
carpe Diem!!

Biba disse...

Ah, Camila, bom seria apenas ir sem destino, na verdade, apenas ir...

Carinho
Carpe Diem!!

Biba disse...

Adr., gostei do ditado, é muito sábio.

Beijo
Carpe Diem!!

Biba disse...

Glorinha, você compreende bem do que falo.

Grande beijo,
Carpe Diem!!!

Biba disse...

CACO, obrigada. Voltar é criar possibilidades de. Ou qualquer coisa assim, bem Caio F.

Beijos,
Carpe Diem!!