Ontem foi dia de "Pensar Cinema". O filme: Camille Claudell. Encolhida na cadeira revi cenas impactantes de uma relação doentia entre Rodin e a escultora. Paixão e loucura. No debate o olhar da Psicologia é o de que Camille ficou "demenciada". Uma mulher à frente de seu tempo, artista lúcida de seu fazer, mãe interrompida por um aborto concedido, abandonada por seu grande amor e pela família, deprimida por essa situação. Quem não ficaria? O demente não é sujeito de si mesmo. A pobre Camille tinha noção de sua dor. Já li as cartas dela para seu irmão. Não há delírio algum em se querer sair de um sanatório e retomar a vida. Porque era mais fácil resolver os problemas dessa forma, alienando as pessoas com crueldade, não significa que fossem dementes. Mas, não protestei. Apenas pensei que é ainda um tabu conviver com a loucura. Triste o fim de Camille, 30 anos em um sanatório. Sem poder tocar a argila preciosa ou mármore de seus encantos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
E quando a loucura surge por culpa de outros... é muito pior saber que a vida de muitas pessoas foi desperdiçada em um lugar sem liberdade, sem que elas tivessem culpa.
Tenho esse filme em casa, Biba. E concordo com o que você falou. Lidar com a loucura é um trabalho impossibilitado porque pessoas não aceitam comportamentos que sejam diferentes. O melhor a fazer é trancar os loucos. Deixá-los esquecidos.
Lucas, é isso mesmo, muitas vezes são os outros os responsáveis...
Abraço,
Carpe Diem!
Letícia, há tanto o que ver em Camille, não é? Para além de uma suposta loucura...
Beijo e afeto
Carpe Diem!!
a hist´ória de Camille me seduziu na adolescência...até hoje mantenho-a na minha biblioteca.
Postar um comentário