"...irmão das coisas fugidias..." Assim tenho sentido. Assim tenho caminhado por uma estrada tantas vezes estreita demais. E, as coisas fugidias, como o tempo, embalam minha caminhada. Sempre vou querer mais do que o dito. Sempre vou procurar papoulas por aí. Olhar o trem que não vem, só em meus sonhos. Estar sentada no lado da janela e ver a paisagem correr. Sentir o cheiro de jasmim mesmo sendo outono. Sentir o frio cortando a face e desejar boa sorte para quem. Hoje estou faminta de palavras que possam desatormentar o dia brilhante de sol e coragem. As coisas fugidias me encantam. Suspiro por elas, quando no fundo perco a direção se não tenho coisas certas. Digo, palpáveis. Como se agarrar-se a elas nos desse um pouco mais de fôlego para a vida. É assim que outro dia me peguei cantando: "Navegar é preciso. Viver não é preciso"...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
e complemento dizendo: Poetizar é preciso!
Você anda introspectiva, Biba. Se bem que acho que tudo (ou quase tudo que se escreve) é introspectivo.
Coisas fugidias são sempre as coisas que não posso ter. E isso é cortante.
Navegar é preciso. E escrever também é. Quase sempre. Ou impreciso.
Beijo.
Priscila, poetizar é preciso sim!
Beijo
Carpe Diem!
Letícia, escrever é preciso mas impreciso. Gostei! Ando sim introspectiva, mais para dentro impossível.
Beijo,
Carpe Diem!!
Postar um comentário