Luz. Fragmento sublime de luz que abraça a sala em uma pequena redoma e me toma em braços de criança atrevida. Luz que inebria. Dizem que consome. Consome a si mesma, a luz? Luz elétrica, de abajur antigo, quebrado pelos gatos. Mas ainda assim luz. Que instiga a imaginação e reflete a alma das coisas. Oferecesse ao novo, ao não-dito e se incorpora suavemente. Queria pegar a luz com minhas mãos de escritora, não de jornalista. Porque quero a primeiridade dela em toda a sua vaguidade. Ninguém ouse apagar a luz!
Foto: Luiz Carlos Erbes
Foto: Luiz Carlos Erbes