quarta-feira, 21 de julho de 2010

Água

"Quero minha mãe, quero colo, quero àgua". A menina falava assim, rápido, quase em desespero. Foi engraçado ouvir essa história porque pensei que muitas vezes eu queria ter falado isso mas não sabia como. As crianças tem seu código secreto. E a gente tenta decifrar. Vai para além dos sonhos descabidos. Vai para além da inocência intocada. Só sei que a frase ficou marcada. Queremos mesmo essas coisas em momentos de frustração ou desesperança. No momento, cheia de uma alegria invasiva, quero colo não, nem mãe, só água. Dá um copo?

5 comentários:

Letícia Palmeira disse...

A gente quer o básico. A vaidade nos engana dizendo que queremos mais.


Beijo, Biba.
Voltei. \o/

Casa de Mariah disse...

a gente cresce e perde o poder de entender literalmente o que os outros dizem na tentativa eternamente frustrada de tentar entender o que eles não dizem!
casadamariah.blogspot.com

Biba disse...

É isso Letícia, eu quero o básico e o mais só vem de dentro.

Beijos e saudade
Carpe Diem!!

Biba disse...

Mariah, bom seu comentário. Gostei.

beijo
Carpe Diem!!

Eduardo Matzembacher Frizzo disse...

Ando pra lá de sumido, Biba. Tenho me envolvido em muitos compromissos com meu trabalho. Isso não explica minha ausência no blog, visto que continuo a escrever - e bem mais que antigamente. O que explica, é o fato de que estou planejando um blog novo, o qual ainda não foi ao ar unicamente pelo fato de que estou sem a menor criatividade para batizá-lo. Espero que essa dificuldade seja logo preenchida. Para isso, você pode me dar um copo preenchido com fogo e lava e uma mistura de água e paixão? Parabéns pelo texto. Um beijo, Eduardo.