segunda-feira, 9 de abril de 2007

Lugar para os clássicos

O Expressionismo Alemão ou o Surrealismo - vigor pleno das estéticas das vanguardas históricas do início do século XX-, podem ser revisitados através de obras consagradas. Ao espectador oferece-se o prazer de (re)descobrir a qualidade do primeiro cinema, aquele que ainda buscava a sua linguagem e ensaiava os primeiros efeitos especiais nos anos 20/30. São os grandes mestres da cinematografia mundial que ensinam essa lição envolvente.
Clássicos como A Morte Cansada e Os Nibelungos, de Fritz Lang; Aurora, de Murnau, Quando Fala o Coração, de Alfred Hitchcock (entre outros do mestre do suspense); Nascimento de uma Nação e Órfãs da Tempestade, de David W. Griffith - um dos pioneiros do cinema norte-americano -, são uma oportunidade de se compreender as primeiras tentativas ousadas de utilização dos recursos de câmera, iluminação, cenários e efeitos, tão surpreendentes quanto difíceis de realizar à época.
Encouraçado Potemkin, obra-prima de Sergei Eisenstein, assim como Outubro, não menos importante na história do cinema, são obrigatórios a qualquer cinéfilo que preze sua condição. Não menos essencial é o olhar intimista de Andrei Tarkovski (O Sacrifício) e de Ingmar Bergman (Gritos e Sussurros) por exemplo, assim como um Wim Wenders cáustico e enigmático nos anos 70 em O Medo do Goleiro Diante do Pênalti. Akira Kurosawa (Ran), Alain Resnais (Hiroshima Mon Amour), Jean-Luc Godard (Je Vous Salue Marie) e outros cineastas de estirpe contrabalançam o arsenal técnico/virtual de um cinema tão pós-tudo que às vezes tira o espectador do sério.
* A maioria dos filmes citados você encontra na San Remo (Borges de Medeiros, 809).

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